No último dia 27 de maio, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (COSEMS-TO) esteve presente no lançamento oficial do Comitê de Equidade do SUS no âmbito do trabalho e da educação em saúde no estado. Anna Crystina Brito Bezerra, Secretária Executiva do COSEMS/TO, representou a entidade durante o evento realizado na superintendência do Ministério da Saúde em Palmas.
O Comitê, fruto de uma iniciativa conjunta entre o Ministério da Saúde e os estados, tem como missão diagnosticar, enfrentar e propor ações concretas para as desigualdades e violências no ambiente de trabalho, especialmente aquelas que afetam mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e outros grupos historicamente marginalizados. Essa iniciativa está alinhada ao Programa Nacional de Equidade de Gênero e Raça do Ministério da Saúde e reforça o compromisso do Tocantins em promover um SUS mais justo, inclusivo e valorizador da diversidade.
Para Anna Crystina, a criação do Comitê representa um avanço estratégico para a gestão municipal da saúde no estado: “É fundamental que as políticas públicas dialoguem com as realidades vividas pelas profissionais que atuam na ponta do sistema. O COSEMS valoriza essa iniciativa que reconhece as múltiplas camadas de discriminação e busca promover ambientes de trabalho mais saudáveis, seguros e igualitários para todas as trabalhadoras do SUS. Estar presente nesse momento reforça nosso compromisso com a equidade e a valorização da força feminina que sustenta a saúde pública em nosso estado.”
O Comitê de Equidade já conta com a participação de diversas instituições parceiras, incluindo universidades, coletivos sociais e órgãos públicos, formando uma rede ampla e representativa que promoverá diálogos sobre interseccionalidade de gênero, raça e maternagem, além de ações práticas como formações, oficinas e uso de tecnologias inovadoras, como o aplicativo Equidade SUS.
O Tocantins, que é o nono estado a aderir ao Comitê, já possui um perfil claro de sua força de trabalho na saúde: cerca de 76% dos servidores são mulheres, muitas delas negras e mães, que enfrentam desafios específicos em seus ambientes laborais. O Comitê utilizará dados do Observatório da Gestão do Trabalho da Secretaria Estadual da Saúde para embasar políticas e intervenções que visem a valorização e ascensão dessas profissionais.




