Representado pelo secretário municipal de saúde de Tocantínia, Wanderson Barbosa da Costa, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Tocantins (COSEMS-TO) participou ativamente do I Seminário Saúde Indígena Materno Infantil: As fronteiras entre a Medicina Científica e a Tradicional, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO). Realizado nos dias 22 e 23 de abril, no auditório do Palácio Araguaia, em Palmas, o evento reuniu gestores, profissionais da saúde, estudantes indígenas e lideranças tradicionais para discutir caminhos mais inclusivos e respeitosos no cuidado com mulheres e crianças indígenas.
Durante sua fala, Wanderson defendeu com firmeza a valorização dos saberes tradicionais como parte essencial da saúde integral indígena. Tocantínia é um dos territórios que convivem diretamente com os desafios e a riqueza do diálogo intercultural no SUS, e sua representação no seminário fortalece a presença ativa dos municípios na formulação de políticas públicas mais inclusivas.
“Quando falamos de saúde indígena, não se trata apenas de ofertar serviços, mas de reconhecer territórios de saber. A medicina científica e a medicina tradicional não são opostas — são aliadas no cuidado real. É nos municípios, nas aldeias, nas unidades básicas, que essa integração precisa acontecer com respeito e escuta”, destacou Wanderson.
O seminário apresentou uma programação intensa com especialistas e experiências de campo, abordando desde o pré-natal indígena até a importância da pajelança como prática terapêutica, passando por temas como a mortalidade materno-infantil, saúde bucal, aleitamento materno e rituais de cuidado com a infância.
A participação do COSEMS Tocantins reafirma seu compromisso com um Sistema Único de Saúde que respeita a pluralidade cultural dos povos indígenas e reconhece que a saúde pública precisa ser construída com, e não apenas para, essas comunidades. A defesa da equidade, da universalidade e da escuta ativa dos territórios é parte da missão diária dos secretários municipais de saúde que atuam, muitas vezes, onde o Estado ainda não alcança plenamente.
“O COSEMS acredita na construção coletiva, no respeito aos saberes e na presença ativa dos municípios como agentes transformadores da realidade da saúde pública”, reforçou Wanderson ao final de sua participação.
O evento contou com apoio de diversas instituições e reafirmou a necessidade de que o SUS avance não apenas em cobertura, mas em sensibilidade e reconhecimento das vozes indígenas como protagonistas na promoção da saúde de seus povos.


